Populismo, política, medo e cristianismo
A mim o conceito de políticos cristãos dá-me arrepios e jamais me ocorreria votar num partido político que pretendesse moldar a Constituição e a democracia à sua particular leitura da Bíblia. Sei que noutros lugares se vive de maneira diferente, mas na Europa temos certa alergia a este tipo de propostas, já que a experiência histórica não tem sido boa. Por outra parte, como a maioria das políticas cristãs estão baseadas em reafirmar os direitos dos homens heterossexuais brancos, ricos e conservadores, um homem gay como eu vive-as como uma ameaça. E finalmente opino que, se a estratégia mais evangélica de transmitir as boas novas de Jesus passasse por ter o poder político suficiente para as poder impor, o próprio Deus teria feito nascer Jesus na casa do Imperador César Augusto.